segunda-feira, 18 de abril de 2011

Resumo dos textos estudados na disciplina ética

O QUE É A ILUSTRAÇÃO.

                                                                      
                                                                                                 Nilvon Batista de Sousa Brito *


A ilustração é o meio pelo qual o homem sai da menoridade, entendendo por menoridade  não a falta de entendimento, mas “a incapacidade de fazer uso do entendimento”. A busca do entendimento  depende inteiramente do próprio individuo que deve superar a preguiça e procurar usar seu próprio entendimento.

O autor aponta a preguiça e a covardia como as duas principais razões pela permanência da menoridade em grande parte da humanidade, isso por ser mais cômodo se utilizar do pensamento de outro. No entanto o individuo sem sua autonomia  são facilmente manipulados por outros.

A liberdade é fundamental para que ocorra a ilustração e sempre haverá pensadores que disseminarão essa idéia. Por meio da ilustração o homem ganhará  autonomia para se posicionar a respeito de tudo sem a necessidade de ser ditado por um monarca, esse deve captar a vontade pública e unir com a sua, formando assim a ordem civil.




A ecologia é um termo que designa uma área do conhecimento cientifico no campo da biologia. O termo migrou para a área das lutas sociais  para designar  os movimentos em defesa do meio ambiente. 

Os movimentos ecológicos derivaram-se dos movimentos de contracultura desencadeados nos anos 60/70 nos E.U.A e Europa ,  esses movimentos questionavam a preponderância  da sociedade capitalista de consumo. Pregavam a existência de  uma sociedade voltada para a natureza, que valorizasse o ser humano em detrimento do materialismo. Nesse sentido sonhava-se com uma sociedade onde fosse possível  a existência de um estilo de vida alternativo ao contemporâneo tendo uma “visão da natureza como contraponto  da vida urbana, tecnocrática  e industrial [...]” (p.48)  Assim o ecologismo aparece em um momento utópico e repleno de sentimento de contestação.

No Brasil, que vivia no período dos anos 70 um regime autoritário, o que possibilitou o início das lutas ecológicas foi “o encontro de dois contextos socioculturais”: a tentativa de se inserir no contexto internacional com as criticas contraculturais e as formas de luta ecológicas européias e americanas, e no contexto interno a recepção dessas idéias “no âmbito da cultura política e dos movimentos sociais.”  Podemos destacar os movimentos populares,da igreja  da libertação e das Comunidades Eclesiais de Base e os movimentos sociais urbanos como destaque na luta ecológica. Como também a luta dos seringueiros da Amazônia que ganhou dimensão internacional, sob a liderança de Chico Mendes.

O debate ecológico fez surgir a Educação Ambiental com o objetivo de despertar  no cidadão uma conscientização da responsabilidade de proteger   o meio ambiente em que vive, sob pena do desaparecimento dos recursos naturais. A EA se tornou objeto de políticas públicas no plano internacional com a realização de conferencias  sobre o meio ambiente. No Brasil  a EA estar presente desde  1973, mas somente nos anos 80/90  se torna mais conhecida. Em 1992 o Fórum Global no Rio de Janeiro define o marco político para o projeto pedagógico da EA.

Ética da compaixão e co-responsabilidade.
(resumo)
            
O texto aponta alguns aspectos do crescimento e da possível inserção social e ecológica do budismo, que tem como representante mundial o Dalai Lama e no Brasil o professor Lama Padma Samten.
Para o budismo “a compaixão é fruto de um amplo processo, que começa com a   percepção do estado da  mente (em desequilíbrio)” essa situação geraria o sofrimento. Para o Dalai  Lama é o sofrimento que leva o ser humano a buscar a união com o seu semelhante. Todo ser  procura evitar o sofrimento e alcançar a felicidade, porem os métodos para essa finalidade são incorretos por não compreender “a profundidade ética da existência  dos seres em inseparatividade”(p.84). O homem em geral costuma ter uma visão do universo onde os seres e a  natural são dissociados, no budismo a visão do universo como um todo é imprescindível.A origem do desequilíbrio ecológico e desintegração social  é apontado pelo Dali Lama como resultante da insatisfação pessoal do egoísmo,apego e desejo.As desigualdade sociais provenientes do crescimento econômico  e apego ao material leva o homem a infelicidade. Essa doutrina prega uma atitude de não violência contra a natureza e os seres vivos.

A relação entre  religião e  ética ambiental apresenta aspectos frutíferos para a ética ambiental. Por esse termo entende-se um comportamento consciente e de responsabilidade diante da problemática do meio ambiente.
Para o hinduísmo existe em tudo uma “manifestação  de um ser interior ou espiritual que dá unidade as diversas divisões e articulações do mundo”(p.89) existe então uma correlação entre a visão de uma mundo ecológico e o pensamento hindu. Sobretudo na compaixão pelos seres vivos e uma harmonia com o meio ambiente.
No jainismo cada ser (alma) preserva sua própria  integridade. Existe uma determinação de preservar o menor ser vivo e de compaixão pelos sofrimentos.
A tradição judaico-cristã apresenta uma hierarquia no processo ético-ambiental:  Deus como criador da natureza e o homem como usuário dessa criação. O homem é posto como guardião e protetor da natureza e não como proprietário, segundo João Paulo II, amar os semelhantes implica em preservar os recursos naturais. (p.91) . Para o islamismo o  homem deve conservar a criação de Allah, pois é um símbolo do seu poder. Assim o islamismo estar de acordo com a ética ambiental.
 

Cristianismo e Ética Ambiental

              A  relação existente entre cristianismo e natureza é algo complexo que pode ser visto tanto como um efeito positivo e frutífera como antiecológica. Para entender a dualidade dessa relação é necessário recorrer a um olhar histórico da questão.

Na Idade Media  a visão   Teocêntrica de mundo  dava evidência a relação homem-criador, destarte, a natureza era vista como obra divina e impedida de ser  transformada  radicalmente pelo homem. A revolução cientifica afastou a natureza  de Deus  transformando essa em  matéria dominada pelo homem. Para a fruição dos recursos naturais ao seu bel prazer o homem se fundamentou em passagens bíblicas  sem considerar o seu contexto que apontam para a responsabilidade com os seres. O exemplo de uma “interação de respeito grandioso para com todas as formas de vida” (p.77)  é a vida de São Francisco de Assim, considerado o  Patrono da Ecologia  por ter mostrado ao mundo o amor incondicional aos  seres vivos e a natureza sem distinção,  exercendo assim “um equilíbrio dinâmico do humano no mundo”(p.79)           

A conotação antiecológica na tradição judeu-cristã apontado por Leonardo Boff pode ser vista como uma critica a relação cristianismo e ecoética: O Patriarcalismo, Deus como pai e senhor absoluto reafirma os valores masculinos na sociedade; Monoteísmo, o Deus único do cristianismo fechou as janelas para a explicação de fenômenos de um universo diversificado; O Antropocentrismo, “resulta dessa leitura arrogante do ser humano”(p.79); Ideologia tribalista da eleição, a exclusão surge com a idéia de povo eleito e por fim, a maior de todas as distorções ecológicas a crença na queda da natureza “ a idéia de que a Terra com tudo que nela existe e se move seja castigada por causa do pecado humano remete a um antropocentrismo sem medida.”(p.80)


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* Acadêmico do 6° período de Licenciatura em História na UFPI – Picos

 Para Boff  “É necessário parar para refletir, ouvir, sentir e inserir-se na natureza, no tempo, na vida das pessoas e nas experiências mais humanas e éticas da nossa vida diária”, (p.81)  dessa forma é possível entender o processo espiritual onde segundo Boff é de grande valia nas relações sociais na sociedade de consumo onde o isolamento do homem leva-o a amenizar as dores subjetivas  nas religiões, essas o distancia das atitudes  politizadas.   É necessário perceber que o mundo estar em evolução e esse entendimento vêm por meio de um processo espiritual.
(Resumo)

                                                                                                  Nilvon Batista de Sousa Brito*


O padrão de visão do mundo que temos hoje se formou  com a revolução cientifica, a partir do século XVII em diante com a chamada modernidade.

Esse novo paradigma se dar com a ruptura de um mundo que tinham uma cosmovisão  orgânica, onde o homem estava inserido na natureza como um ser dependente e obediente a ela.“ vive-se em comunidades pequenas e coesas, com relativa autonomia,vivenciando mais proximamente os processos socionaturais”(p.15). Os cientistas desse período priorizavam “as questões relativas a Deus, a alma e a ética.”(p16) prevaleciam os interesses coletivos em relação ao individual.

Na revolução cientifica perde-se essas características espirituais e o mundo passa a ser vista como matéria física. Esse mundo material será disponibilizado ao homem para que possa, por meio do conhecimento, transforma-lo “naquilo que pode servir e enriquecer materialmente o ser humano como home faber”(p.17)  Dessa forma, acontece a Revolução industrial  trazendo a noção de progresso e a racionalidade cientifica por meio do positivismo como meta para se alcançar a emancipação e felicidade da humanidade.

A problemática desse novo paradigma levantada pela Escola de Frankfurt mostra o positivismo como algo desumano. A critica que se faz a mudança de paradigma não está na substituição da fé pela razão humana , mas no fato da racionalidade ser considerada como “principio último da fundamentação do que deveria ser admitido.”(p.17) o que vai implicar no distanciamento do homem em relação a natureza.

Os sintomas dessa problemática vão aparecer nas idéias dos principais pensadores da Razão: R. Descarte, “o ser humano é essencialmente um ser racional (e dotado de alma)” (p.19) só aceita uma explicação positivista para o universo. Galileu Galilei considerado o pai

da ciência moderna “expulsa os elementos espirituais,estéticos e éticos do conhecimento.”(p.19) F. Bacon  por meio do conhecimento cientifico pode-se dominar e transformar a natureza.

A noção que o homem medieval tem da natureza  como uma  mãe é destituída pela Revolução Cientifica e no lugar o homem racional a ver como um objeto, assim “ o olhar sobre a vida torna-se rígido e mecanicista”.(p.20)
Acerca do Paradigma Cartesiano-baconiano da Modernidade Cientifica
OUTRA ECOLOGIA É POSSIVEL: A ECOLOGIA DO MOVIMENTO ECOLÓGICO
 

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